Haddad diz que programa para baratear carros será ‘mais voltado’ a transporte coletivo e de cargas
O governo decidiu dar uma “repaginada” no programa para baratear carros populares. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (5) que a iniciativa passou a ser mais voltada para o transporte coletivo (ônibus) e de carga (caminhões).
“Mas o carro também está contemplado”, acrescentou.
Inicialmente, o governo anunciou, em 25 de maio, redução de impostos para baixar o preço final dos carros populares em até 10,96%. A proposta valeria para veículos com valor final de até R$ 120 mil.
As medidas, segundo o setor automotivo na ocasião, poderiam fazer com que os carros populares novos voltem a custar menos de R$ 60 mil. Atualmente, o preço de partida do carro zero é de cerca de R$ 68 mil – mais de 50 salários mínimos (hoje em R$ 1.320). Esse valor não considera as medidas anunciadas.
Programa anunciado para carros populares será ‘mais voltado’ a transporte coletivo e de cargas
No entanto, o novo desenho da proposta deve retirar a isenção e substituí-la pela concessão de créditos tributários. A equipe econômica pretende anunciar o formato das medidas nesta semana (veja detalhes abaixo).
Quando anunciado, o benefício foi criticado por especialistas. Em entrevista à colunista do g1 Natuza Nery, o diretor do Instituto Mercado Popular, Carlos Góes, por exemplo, lembrou que a medida seria dada a grandes empresas e, portanto, precisa ser bem justificada.
“O Congresso precisa debater e o governo precisa ser transparente nessa margem”, afirmou.